Baile Literário

Um Baile Literário são dois dias na vida de um grupo de quatro escritores que não têm medo de nada e que se querem bem.

No primeiro dia, os escritores encontram-se à volta de um litro de café e de uma lista das suas canções preferidas; peças para dançar, sucessos dos anos 50 até aos nossos dias. Juntos, compõem uma playlist de oito peças. Depois, imaginam uma história em oito episódios. 

No dia seguinte, cada um põe a sua solidão ao abrigo da dos outros e escreve dois episódios da história inventada coletivamente. Obrigação: cada episódio do folhetim tem que terminar com o título da peça que se segue na playlist. 

À noite, um espaço é convertido em discoteca com estrado, pista de dança, bola de espelhos.

Os quatro escritores tornam-se leitores e atores dos textos escritos durante o dia.

Mergulhamos na história, ouvimos, projetamo-nos, rimos, emocionamo-nos, ficamos agarrados.

Quando o texto termina, a música preenche tudo, dançamos, cantamos como loucos. E assim sucessivamente, passando de um episódio para uma canção, durante uma hora e meia de febre literária e festiva, até ao desenlace do oitavo episódio. 

No final da noite, o texto é destruído numa grande fogueira, porque cada Baile Literário é único e efémero.

Desde a sua criação, na Comédie de Reims, há quase vinte anos, os Bailes Literários reuniram cerca de uma centena de escritores em mais de dez países. Já se realizaram cerca de quinhentos Bailes Literários. Já se organizaram bailes bilingues, que reuniram autores e tradutores com vista a aproximar as línguas, as literaturas, os continentes.

 

Produção delegada exclusiva: Cosmogama

 

Créditos das fotos: D.R. / Delphine Schacher / Manuel Grimm / Catherine Mary-Houdin